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    Mulheres Empreendedoras

    Mulheres da Floresta: Tradição, Resistência e Empreendedorismo na Amazônia

    Núbia DouradoPor Núbia Dourado19 de abril de 20253 minutos de leitura

    Por Núbia Dourado | Especial Dia dos Povos Indígenas | Episódio 1 da websérie Mulheres Empreendedoras da Amazônia

    Na Amazônia, a terra não apenas fala — ela sussurra histórias, canta sabedorias e ensina a quem tem o dom de escutar. E, desde tempos imemoriais, são as mulheres indígenas que mantêm viva essa escuta. Elas cuidam, curam, tecem e transformam. Sustentam seus povos com mãos firmes e corações ancestrais.

    Na série especial Mulheres Empreendedoras da Amazônia, percorremos comunidades onde tradição e inovação caminham juntas. Nosso ponto de partida é a aldeia Xerente, em Rio Sono (TO), onde conhecemos Dona Zilda Irequi Xerente — artesã, guardiã de saberes e referência viva na medicina tradicional de seu povo.


    ✋ Saberes entrelaçados: a arte de trançar a vida

    Dona Zilda nos recebeu entre fibras e histórias. Seus olhos sorridentes acompanham o movimento ágil das mãos, que transformam folhas em arte e memória.

    “Comecei a trabalhar com isso aos 12 anos”, conta. “Ajudava meu pai a comprar as coisas, e depois fui aprendendo a lidar com o capim — mas não o capim dourado. Faço tudo com fita: buriti, Siknō-Côfo, esse aqui”, diz, mostrando um trançado delicado que logo será uma bolsa.

    Cada peça carrega uma história. E, por trás delas, há também uma parceria de afeto.

    “Quando casa, o homem ajuda. Ele faz também, pra se sustentar”, conta ela com simplicidade. Em sua aldeia, muitas meninas começam cedo — aos 10, 12 anos — a aprender o ofício do trançado, guiadas pelas mais velhas.


    🚧 O desafio de empreender na floresta

    Apesar do talento e da riqueza cultural, os desafios para essas mulheres são muitos — e constantes. A distância da cidade é um dos principais obstáculos.

    “É muito longe. A gente sai de madrugada, às três da manhã. Só chega na cidade às oito. Depois vai vender, só volta de noite”, relata.

    Palmas é o destino mais comum para a venda das peças, mas o custo do transporte e a logística dificultam o escoamento da produção. Além disso, o acesso precário à internet impede que essas mulheres mostrem seu trabalho para além das feiras locais.


    🌿 Saberes que curam e sustentam

    Além de artesã, Dona Zilda é também conhecedora profunda da medicina tradicional. Cuida de sua comunidade com chás, infusões e preparados que aprendeu a fazer com as mulheres mais velhas da aldeia.

    “Esse aqui é pra gripe”, diz, mostrando uma mistura feita com folhas da região. Os ingredientes, ela guarda com respeito — como manda a tradição oral.

    Apesar de não ter frequentado a escola, ela canta, compõe e ensina outras mulheres.

    “Tenho muita vontade de estudar. Sinto falta”, confessa. Mesmo assim, é fonte viva de saberes e força para as novas gerações.


    ✊ Valorizar é resistir

    A visita à aldeia de Dona Zilda foi um mergulho profundo em histórias que muitas vezes passam despercebidas. Histórias de luta, arte, afeto e transformação. Fica evidente que é preciso garantir estrutura, transporte e feiras frequentes para que essas mulheres tenham seus direitos respeitados e sua arte valorizada.

    “Essas mulheres ajudam a sustentar suas famílias e suas comunidades. Por isso, valorizar o artesanato indígena é também reconhecer a força de quem resiste, de quem preserva e de quem transforma”, destaca Núbia Dourado, apresentadora da série.


    🎥 Assista ao episódio completo

    Este texto é parte da websérie Mulheres Empreendedoras da Amazônia. No episódio 1, você acompanha a conversa com Dona Zilda, vê seu trabalho de perto e sente a força das mulheres que fazem da floresta um território de criação e resistência.

    👉 Assista agora: [Link do vídeo ou embed do YouTube]


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