Artesãos comemoram valorização da economia criativa por meio da retomada das feiras itinerantes.
As biojoias do projeto Xambiart já conquistaram o Brasil e estiveram presentes até mesmo em novelas, mas com a pandemia de Covid-19 as artesãs perderam muitos clientes. “Me inscrevi individualmente, mas trago a produção das artesãs comigo”, revela Elisângela Ribeiro Amâncio, de Xambioá, uma das expositoras do 15º Salão do Artesanato – Raízes do Brasil, com biojoias confeccionadas em madeira, semente e fibra.
Somente nos dois primeiros dias de feira foram comercializadas no local 1.004 peças e encomendadas outras 378, gerando quase R$ 50 mil reais em vendas.
O retorno para a comunidade não é apenas financeiro, como também de cidadania, como atesta Eliene Bispo, presidente da Associação Dianopolina de Artesãos, que trabalha com o capim dourado. Já Gustavo Krahô, presidente do Centro Cultural Kájre, lembra que as biojoias e cofos (cestaria) têm as mulheres como principais produtoras das peças que revelam um pouco do modo de vida indígena, além de ser importante fonte de renda. As etnias Karajá e Xerente também estão representadas no estande do Tocantins.
Realizado com recurso federal, por meio do PAB, da Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato, da Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, o Salão abre espaço para a participação de todos os estados. O Tocantins selecionou os participantes por meio de chamada pública e garantiu o transporte dos artesãos e seus produtos a Brasília.
Fonte : Sectur
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