A pandemia do novo coronavírus foi marcada pela rápida disseminação, crescimento exponencial de infectados e a pressão sobre os sistemas de saúde ao redor do mundo. A Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ainda não tem vacina nem tratamento específico. A doença na maioria das vezes, apresenta sintomas típicos como tosse, febre e dor muscular. Alguns casos, mais graves, são acompanhados de pneumonia e podem levar à morte.
As pessoas mais vulneráveis às conseqüências o vírus são idosos, pessoas com condições pré-existentes e aquelas com o sistema imunológico mais sensível. Os povos indígenas se inserem nesse grupo por terem maior vulnerabilidade epidemiológica. Além do chamado grupo de risco, os povos originários apresentam marcadores sociais que dificultam o acesso aos serviços de saúde (como nível de renda, situação empregatícia, região onde moram e etc.). Em especial os que vivem em aldeias distantes dos serviços hospitalares.
Diante desse cenário de grande preocupação, as líderes indígenas do Tocantins, reivindicar através de uma carta aberta para autoridades competentes, ampliação e implementação do Plano de Ação de Prevenção e Combate a Novo Coronavírus (Covid-19) para os Povos Indígenas do Tocantins, construído em consonância com a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI). A carta solicita uma ação emergenciaal do governo federal e estadual e de órgãos indigenistas, além de em uma ação conjunta que levará em consideração as especificidades da saúde indígena para os pacientes com doenças. As etnias do Tocantins se manifestam em defesa de suas vidas e famílias. diante da pandemia da Covid-19. Em carta aberta, eles reivindicam proteção, pois estão entre os grupos que apresentam maior vulnerabilidade de infecção pelo novo coronavírus,
Eles pontuam que, como especificidades de suas habitações, recursos culturais do núcleo familiar ampliado e modo de vida comunitário, que uma simples transposição das medidas recomendadas para não-indígenas no restante do território nacional, para povos indígenas se mostra inviável e um grande risco de genocídio para seus povos. Assinam uma carta do povo Panhi (Apinajé), Mehin (Krahô), Akwê (Xerente), Awa (Ava-canoeiro), Iny (Karajá), Iny (Javaé), além de Kanela e Macuxi. Como fazer parte do grupo de risco requer ações urgentes e efetivas de prevenção e combate a pandemia em suas áreas.
Os indígenas reclamam da demora do Ministério da Saúde em implementar medidas para prevenir esses povos do cenário. Narubia Silva, indígena e ativista Werreria etnia Iny (Karajá), que é autora do plano de Ação de Prevenção e Combate a Novo Coronavírus (COVID-19) para os Povos Indígenas do Tocantins revela que “faltam médicos, desde a saída dos médicos” médicos cubanos, como falta de materiais e equipamentos para atividades básicas dentro das comunidades “, ressaltou a ativista.
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