Nesse domingo, 30, o Twitter anunciou um novo recorde na história da plataforma. O post que anunciava o falecimento do ator Chadwick Boseman, feito na sexta-feira, 28, havia alcançado o recorde de postagem mais curtida da história da rede social. Na tarde desta segunda-feira, 31, já são mais de 7,4 milhões de curtidas no post, que mostra uma foto do ator junto com o texto, que anunciou a luta contra a doença e a morte do artista, cujo papel de maior destaque na carreira foi a interpretação do protagonista do filme Pantera Negra, da Marvel.
Entre as diversas mensagens de lamento e comoção pela morte do ator de 43 anos, foram muitas as manifestações de pessoas que, cruzando os braços em frente ao peito, imitavam a saudação “Wakanda Forever”, dita pelos habitantes da fictícia cidade de Wakanda – e que, na visão de Paulo Rogério, passa a ganhar um significado que extravasa o cenário da cultura pop. “O símbolo ‘Wakanda Forever’ está sendo usado pelas pessoas em um contexto político. O Pantera Negra foi um divisor de águas que levou questões como afrofuturismo e representatividade para o mainstream. E o fato de o Chadwick ter feito esse trabalho tão debilitado, do ponto de vista pessoal, torna essa mensagem ainda mais forte”, acredita.
Na opinião do escritor e pesquisador, além dos recordes e bilheteria – e, agora, do marco na memória da carreira de Chadwick Boseman – Pantera Negra seguirá ditando a tendência de investimentos em narrativas mais plurais na indústria do cinema, sobretudo o empoderamento de jovens negros. “Essa é uma mensagem que veio para ficar”, resume.
Em homenagem à morte do ator, Pantera Negra será exibido pela primeira vez na TV aberta no Brasil. O filme é o destaque da Tela Quente, da Globo, na noite desta segunda-feira, 31. Antes da exibição do filme, o repórter e apresentador Manoel Soares, irá falar sobre a importância histórica do longa-metragem e da existência de um filme de super-herói protagonizado por um negro.
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