Formação realizada em Brasília integra parceria entre Fundação Bunge e Ibama, de fortalecimento da política pública do Prevfogo
Indígenas de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão e Tocantins participaram, em junho e julho, das duas primeiras turmas do “Curso de Formação de Pilotos Remotos Brigadistas (CFPR Brigadistas)”, promovido pelo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em conjunto com Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e a Coordenação de Operações Aéreas (Coaer), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Realizada em Brasília (DF), a ação, que tem como objetivo formar brigadistas para utilização de drones para monitoramento e controle de incêndios florestais, faz parte da parceria firmada em abril entre Ibama e Fundação Bunge. A iniciativa prevê, de 2025 a 2029, apoio a até 40 brigadas indígenas por meio de formações e auxílio na estruturação e funcionamento de salas de situação móveis nos cinco estados brasileiros.
Com aulas teóricas e práticas, os participantes puderam aprender sobre regulamentações, meteorologia e planejamento de voo com drones, além de lidar com ações em campo que simularam situações que poderão ser enfrentadas em seus territórios. Gildimar Sitrê Xerente, chefe da brigada pronto emprego da Terra Indígena Xerente, em Tocantínia (TO), foi um dos participantes do curso. “Eu acho importante essa mesclagem do nosso uso com essa tecnologia avançada. É importante não descartar nosso conhecimento tradicional, mas sim complementá-lo”, afirma.
Dados da plataforma Monitor do Fogo, do Mapbiomas, mostram que 30,8 milhões de hectares foram queimados no Brasil em 2024, uma área maior do que o território da Itália, representando um crescimento de 13,6 milhões de hectares em relação a 2023. Para mudar este cenário, o Prevfogo atua no combate direto aos incêndios florestais, além de induzir uma mudança cultural no uso do fogo, promover a educação ambiental a fim de sensibilizar e capacitar atores locais para monitorar, prevenir e combater incêndios florestais.
“A parceria com a Fundação Bunge vem em um momento muito oportuno. E essa proposta da Fundação, de termos esses drones com os brigadistas nas operações, nos traz uma segurança maior de que, numa frente de combate em cenários muito intensos, um brigadista pode levantar o drone, fazer o mapeamento, ver como o fogo está se comportando, e tomar uma decisão mais eficiente e segura para enfrentar esses incêndios, que estão cada vez mais perigosos”, explica Flávia Saltini Leite, coordenadora-geral do Prevfogo/Ibama.
A parceria entre Fundação Bunge e Ibama integra o projeto Semêa, da Fundação, voltado à agricultura regenerativa e de baixo carbono, que tem, entre suas atividades, o desenvolvimento de ações com comunidades indígenas. “Com essa parceria, buscamos fortalecer ainda mais a política pública federal do Prevfogo, para apoiar a ampliação do alcance das ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, especialmente junto às comunidades indígenas. Unimos esforços, conhecimento técnico e recursos para fortalecer o protagonismo desses povos na proteção de seus territórios e da biodiversidade brasileira”, explica Claudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge.
Crédito das fotos: Keiny Andrade
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Sobre o Ibama
Criado pela Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, o Ibama surgiu com o objetivo de integrar e unificar a gestão ambiental no país, superando a fragmentação institucional existente até então. Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o Ibama é o principal órgão executor da política ambiental federal, com atuação em todo o território nacional.
Desde sua fundação, o Instituto tem desempenhado papel estratégico no enfrentamento dos desafios ambientais do Brasil, consolidando-se como referência na fiscalização, no licenciamento e na promoção do uso sustentável dos recursos naturais. Seu histórico está diretamente ligado à evolução da agenda ambiental brasileira, que ganhou força com a criação de marcos legais como a Política Nacional do Meio Ambiente (1981), a Constituição Federal de 1988, a Lei dos Ilícitos Ambientais (1998), a Política Nacional de Educação Ambiental (1999) e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (2000), entre outros avanços.
Ao longo das décadas, o Ibama contribuiu significativamente para a proteção da fauna e da flora, o fortalecimento dos sistemas de monitoramento e controle ambiental, a redução do desmatamento na Amazônia e a criação de projetos inovadores na área ambiental. Também foi peça-chave na articulação de políticas públicas, no apoio aos estados e municípios, e na ampliação do debate ambiental junto à sociedade, principalmente por meio de sua atuação transparente e próxima da imprensa.
Atualmente, o Ibama é reconhecido como uma instituição de excelência, comprometida com a proteção do meio ambiente, o combate aos incêndios florestais, atendimento às emergências ambientais e climáticas, a garantia da qualidade ambiental e a conservação da biodiversidade, assegurando condições para o desenvolvimento socioambiental do Brasil. Sua trajetória reflete a construção de um Brasil mais consciente, no qual a conservação ambiental é vista como um pilar essencial para a sobrevivência das futuras gerações.
O Prevfogo é um Centro Especializado do Ibama responsável por planejar, desenvolver e executar ações de manejo integrado do fogo em consonância com a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Lei 14.944/2024). Entre suas atribuições estão a coordenação do Programa de Brigadas Federais em Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e outras áreas federais, a promoção de atividades de prevenção, combate, pesquisa, monitoramento e educação ambiental, e a articulação de cooperações técnicas nacionais e internacionais. Além disso, orienta a implementação da política nos territórios, promove uma abordagem intercultural e adaptativa do uso do fogo, e divulga informações e dados sobre incêndios florestais no país.
Sobre a Fundação Bunge
A Fundação Bunge, entidade social da Bunge no Brasil, há 70 anos atua para gerar impactos positivos na sociedade em territórios e setores estratégicos para a Bunge, fomentando a diversidade com promoção dos direitos humanos por meio da inclusão produtiva e do estímulo à economia de baixo carbono, estimulando a ciência e a preservação da memória. A Fundação é o pilar social da Bunge, líder mundial no processamento de sementes oleaginosas e na produção e fornecimento de óleos e gorduras vegetais especiais, que tem como propósito conectar agricultores a consumidores para fornecer alimentos, nutrição animal e combustíveis essenciais para o mundo. Site: fundacaobunge.org.br
Fonte: Assessoria de Imprensa – Fundação Bunge


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