Por Cinthia Abreu
Artistas, agentes e produtores culturais de Palmas encaminharam Carta Aberta à Prefeitura Municipal de Palmas para mostrar indignação contra a união da Fundação Cultural de Palmas com a Fundação de Juventude e Esportes de Palmas, conforme a medida provisória de Nº 2, da 1° de abril de 2022.
Na Carta, os artistas, produtores e instituições destacam a discrepância entre política cultural e política desportiva, afirmando que o único sentido da junção dessas pastas seria benéfico apenas para a promoção das grandes estruturas de eventos, nem sempre importante para a aplicação das políticas culturais que visam o atendimento das comunidades nos seus territórios.
Eles solicitam diálogo aberto com os artistas e agentes culturais, bem como as Câmaras Setoriais dos Conselhos de Políticas Culturais do Município de Palmas e do Estado do Tocantins, instâncias legalmente instituídas para mediar interesses entre o Poder Executivo e a população trabalhadora das artes e da cultura.
A Carta também declara preocupação que de a união destas pastas resulte na herança de irregularidades, bem como a falta de expertise e conhecimento técnico, trazendo retrocessos à gestão cultural, sendo por tanto repudiada por toda a classe. “Também temos dúvidas sobre a capacidade de execução dos programas culturais, projetos, editais e do Plano Municipal de Cultura, caso a Fundação Cultural de Palmas, já castigada por defasagem do quadro de funcionários e orçamento incompatível com seus objetivos, seja unificada com as pastas do Esporte e da Juventude”, complementam.
O documento foi encaminhado à prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, nesta segunda-feira, 4, e é assinado pelas Câmaras Setoriais do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Palmas, pelas Câmaras Setoriais do Conselho Estadual de Políticas Culturais do Tocantins, a Federação Tocantinense de Artes Cênicas (Fetac), Associação Tocantinense de Cinema e Vídeo (ATCV), Federação de Quadrilhas Juninas do Estado do Tocantins (Fequajuto), Sindicato dos Músicos do Tocantins (Sindimusi), Ordem dos Músicos do Brasil – Seccional Tocantins (OMB-TO), Conselho Nacional de Políticas Culturais – Representação da Região Norte, Associação de Artes Visuais do Tocantins (Avisto) e Academia Tocantinense de Letras (ATL).
A Carta Aberta na íntegra pode ser conferida em anexo.
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