Por Ester Dutra, estagiária
O novo episódio da websérie De Papo com Núbia Dourado, Especial Serras Gerais, traz uma entrevista com Felisberta Pereira, mestra da cultura popular em Natividade, idealizadora e responsável pelo Grupo de Suça Mãe Ana, o mais antigo da região. O novo episódio já está disponível nesta sexta-feira, 4, no site toemfoco.com.br e, também, no canal oficial no YouTube da cantora e compositora Núbia Dourado.
Com mais de 20 anos participando da Festa do Divino Espírito Santo, uma tradição em Natividade, com o Grupo de Suça Mãe Ana, Felisberta pretende se apresentar mais vezes e levar as tradições tocantinense mais longe. Por isso, reestruturou o grupo e está disposta a receber todos que quiserem participar, com intuito de não deixar a dança morrer.
Na entrevista, falando de cultura raiz e tradição, Felisberta mostra que é uma mulher negra que luta diariamente para manter vivo tudo que os seus antepassados deixaram. Sua participação social não se resume a dança suça, ela também é fisioterapeuta, benzedeira, artesã e trançadeira. Todos esses dons foram herança dos seus descendentes de escravo pelo lado paterno e de índio pelo lado materno.
Encantada pelas plantas do Cerrado e pela medicina alternativa, que é um conjunto de técnicas de atenção à saúde que faz parte da tradição do povo tocantinense, a benzedeira conta que desde menina sempre teve curiosidade em conhecer as plantas e ervas medicinais, se tornando hoje uma das mais conhecidas na região.
Dona Felisberta não se contenta em ter o conhecimento só para si. Ela também com propósito ensinar os mais novos para que a tradição do seu povo se mantenha forte e não corra risco de desparecer, por isso ela realiza palestras em escolas, eventos e encontros culturais, além de oficinas de plantas medicinais e práticas sobre fitoterapia popular para alunos do curso de Medicina, Enfermagem e Assistente Social.
Durante o bate papo, Dona Felisberta fala do seu novo projeto Fitoterapia Popular do Tocantins, aprovado pela Lei Aldir Blanc, que tem como objetivo o resgate dos saberes tradicionais e ancestrais das suas raízes. O trabalho tem como produto um livro intitulado A Mata que Cura – plantas medicinais do Cerrado e da Mata e um vídeo documentário.
Para acompanhar a entrevista completa link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=SUDVOds1cMU
O projeto tem apoio cultural da Jiquitaia Produções, Costa Produções, Hit Academia, Awire, Adorei Roupas e Acessórios.
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