Educação promove palestra sobre a violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha nas escolas

Da Redação e  Ascom SEDUC

 

Formação, em parceria com a Defensoria Pública, tem como objetivo orientar educadores a serem agentes de transformação social

 

A Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), em parceria com a Defensoria Pública do Estado do Tocantins, realizou nesta segunda-feira, 8, uma live sobre as diferentes formas de violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha. O evento virtual foi idealizado considerando a Lei n° 3.442, que cria a Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas, a ser comemorada anualmente, no mês de março, nas escolas estaduais, juntamente com as comemorações em alusão ao Dia Internacional da Mulher. 

 

Além de ser uma ação em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a live é uma iniciativa que tem como objetivo orientar os técnicos das Diretorias Regionais de Educação (DRE), responsáveis pelas políticas de Educação em Direitos Humanos e Diversidade a desenvolverem essa temática nas escolas.

 

A gestora da Seduc, Adriana Aguiar, ressaltou o quanto é importante debatermos e levarmos essa luta para o nosso cotidiano. “Essa é uma temática que, muitas vezes, pode parecer distante. Mas, como educadores, precisamos lembrar que trabalhamos diariamente com um público que, na rede estadual, conta com mais de 157 mil estudantes com seus próprios ambientes familiares. Que possamos tirar deste momento, motivação, conscientização e que o conhecimento adquirido aqui faça parte da nossa luta diária por igualdade”.

 

Na perspectiva do técnico de Educação e Direitos Humanos da Seduc, Gilbert Martins, a criação da Lei Maria da Penha foi um marco importante para o Brasil, mas ainda há muito que avançar, visto o aumento progressivo da violência contra a mulher, principalmente durante a pandemia. “Infelizmente esta é uma realidade histórica e cultural do nosso país, que tem uma lei, conquistada com muito sofrimento de uma mulher, mas que lamentavelmente não é respeitada como deveria, por ter uma cultura machista e patriarcalista muito forte. Aí entra a Educação, acredito que esta discussão dentro da escola, na base da educação pode transformar os cidadãos de amanhã e mudar essa realidade social”, destacou.

 

A palestrante do dia foi a defensora pública Franciana de Fátima Cardoso Costa, que contextualizou a cultura da escravatura, do patriarcalismo, do machismo, da desigualdade de gênero, quanto ao papel social e as diferentes formas de violências que constituem os problemas sociais de hoje e falou sobre a importância de entender a história e provocar o debate para transformar o amanhã.

 

Para a defensora, é preciso trabalhar a interdisciplinaridade, com educadores comprometidos com as causas dos direitos humanos. “O professor pode ter uma missão social e cultural, agindo como agentes transformadores na base do processo de ensino aprendizagem, auxiliando na desconstrução cultural histórica do Brasil. O processo não pode ser apenas punitivo, através das leis, é preciso mudar a mentalidade e solucionar o problema”, destacou.

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