Margareth Menezes foi convidada a assumir o Ministério da Cultura no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A assessoria de imprensa da artista confirmou o convite, mas disse que a cantora ainda não definiu se vai aceitar.
Margareth integra a equipe de cultura no governo de transição de Lula. O convite para assumir a pasta ocorre em meio a críticas sobre a falta de mulheres e pessoas negras no comando de ministérios do petista. Na última sexta-feira, 9, Lula anunciou cinco ministros que irão compor seu governo: Fernando Haddad na Fazenda, José Múcio na Defesa, Rui Costa na Casa Civil, Flávio Dino na Justiça e Mauro Vieira no Itamaraty. Antes mesmo da eleição de Lula, diversos nomes foram cotados para a Cultura, como os artistas Chico César, Daniela Mercury e Emicida e o ex-ministro Jucá Ferreira.
Em seus primeiros mandatos como presidente (2003-2010), Lula contou com Gilberto Gil e Juca Ferreira na área. Durante o mandato de Jair Bolsonaro, o ministério foi extinto e se transformou em secretaria especial de Cultura, ocupada por nomes como Roberto Alvim, Regina Duarte, Mário Frias, Helio Ferraz e André Porciuncula. Com o novo presidente, a pasta retomará o status de ministério.
Margareth Menezes já deu declarações públicas de apoio ao presidente eleito. Em live realizada na campanha eleitoral, em setembro, ela declarou seu apoio já no primeiro turno: “Eu acho que a gente precisa dar esse voto de confiança para a gente respirar, se fortalecer e recuperar o Brasil”.
O apoio vem de longa data: em 2011, ano seguinte ao segundo mandato do petista, postou no Twitter: “Desejo ao nosso amado Lula força e fé. Para nós, brasileiros, ele é um exemplo de conquistas importantes e transformou a vida do povo”. Em outro tuíte, destacava: “Eu sei o que o povo pobre desse País comia antes e depois de Lula.”
Associação Fábrica Cultural
Margareth Menezes é criadora e presidente da Associação Fábrica Cultural, entidade privada sem fins lucrativos na Bahia, mais especificamente na região da Península do Itapagipe, em Salvador, onde nasceu. Fundada oficialmente em 29 de março de 2004, entrou em atividade cerca de quatro anos depois, possivelmente em uma de suas experiências mais próximas à do cargo de ministra da Cultura.
Entre os projetos da instituição, ações de qualificação profissional para jovens em áreas como costura, design gráfico, estamparia e artesanato de pedras semi preciosas, oficinas de arte, educação, língua e literatura para crianças, inclusão digital e fórum de discussão para “fortalecer os vínculos familiares” da comunidade local.
A instituição afirma trabalhar com base em sete Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): Erradicar a pobreza; educação de qualidade; igualdade de gênero; trabalho digno e crescimento econômico; reduzir as desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; produção e consumo responsáveis.
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