Por Raabe Andrade
O documento foi assinado por mais de 60 instituições e apresenta as reivindicações da classe para a área da cultura
O movimento Mobiliza Tocantins, formado por agentes culturais de todo estado, enviou aos Senadores e candidatos ao Governo do Tocantins, uma carta compromisso com as necessidades e reivindicações da classe para os próximos anos de governo. O documento foi elaborado em conjunto e votado pelos participantes do movimento no último dia 23 de setembro. A carta foi assinada por artistas, agentes culturais, mestres da cultura popular e mais de sessenta instituições da classe artística e cultural do Tocantins.
O ator e diretor teatral, Cícero Belém reitera a importância do manifesto: “O Estado do Tocantins tem uma dívida histórica com a cultura tocantinense. Carecemos de políticas públicas culturais que entendam a dimensão da cultura como motor de desenvolvimento social e humano, fundamental para o progresso do Estado. Espero que todos os candidatos leiam a carta do Mobiliza e o que for eleito tenha compromisso e o desejo de mudar com seriedade os rumos do Tocantins”.
O que diz a carta
A carta denuncia o “desconhecimento e falta de estrutura” dos órgão governamentais responsáveis pela Cultura, “principalmente no que tange a implantação das políticas culturais, construção e manutenção de aparelhos adequados”, citando as palavras do documento. Além disso, afirma que os eventos culturais têm sido realizados apenas de maneira pontual e ações e projetos importantes constantemente descontinuados.
Em seguida, a carta reitera o dever do Estado do Tocantins de promover o desenvolvimento cultural e apresenta as reivindicações da classe ao futuro governante. Dentre elas estão:
- Tornar a Secretaria de Cultura um órgão independente, desmembrado de outras secretarias como a do turismo, esporte, lazer, etc.
- Construir, recuperar e manter as estruturas de promoção da cultura como teatros, salas de exposição, bibliotecas, bem como o Patrimônio Histórico do estado: igrejas, museus, bens naturais, etc.
- Cumprir a aplicação dos recursos do Fundo Estadual de Cultura – PROCULTURA, com base na Lei 1.402/2003 alterada pela Lei 2.658/2012.
Você pode conferir o documento completo clicando AQUI.
Esta reportagem foi produzida com apoio do programa Diversidade nas Redações, da Énois, um laboratório de jornalismo que trabalha para fortalecer a diversidade e inclusão no jornalismo brasileiro. Confira as metodologias na Caixa de Ferramentas.
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