Por Fábia Lázaro
Em comemoração ao Dia do Músico, a Web série De papo com Núbia Dourado traz nesta segunda-feira,22, uma entrevista com o artesão e percussionista Márcio Bello, com seu tambor de cerâmica. A entrevista foi gravada diretamente de Brasília-DF ,durante o 14 º Salão do Artesanato, realizado entre os dias 27 a 31 de outubro.
Durante a entrevista, o artista conta como o instrumento tradicional na suça de Natividade foi introduzido na região, resultado de uma pesquisa que teve início há 22 anos. Além de falar um pouco da sua trajetória artística.
Segundo Márcio Bello, o tambor de barro e pele animal originário do Sudão foi introduzido na região pelos escravizados e estava praticamente esquecido, por falta de transmissão. “Graças ao apoio de mestres locais, como Seu Irineu e Tia Benvinda, foi possível retomar a técnica de confecção. Como estava cega, Tia Benvinda usava o tato para orientar o trabalho”, conta ele, lembrando que completou suas pesquisas na Bahia para chegar ao produto final.
Em 2007, foi realizada uma oficina para estimular retomada da produção do instrumento, que muda de nome conforme o tamanho e afinação: caxambu, maior, que faz a base da suça, e o fuxico, um pouco menor.
Além do tambor de barro, Bello produz o roncador, também chamado tambor de rabo ou onça, instrumento inicialmente criado para a caça, o udu, trazido da Nigéria, a caixa de folia, de origem europeia, os tambores xamânicos, inspirados no povo Siux, dos Estados Unidos. O artista participou do 14 Salão do Artesanato com o apoio do Governo do Tocantins, por meio da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc). (Com informações da Ascom/Adetuc).
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