Lei Aldir Blanc apoia 382 projetos culturais e beneficia cerca de 1,8 artistas no Tocantins

 

Por Ester Dutra

A lei que dispõem de auxílio financeiro ao setor cultural para apoiar profissionais da área impactados pela pandemia beneficiou mais de 1,8 mil pessoas no Tocantins.

Conforme dados da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) por meio de 13 editais emergenciais foram beneficiados 382 projetos, distribuídos entre: Programação de Patrimônio Cultural, Linguagens Artísticas e Áreas Técnicas, que serão executados ao longo de 2021, totalizando mais de R$ 17,4 milhões em repasses, fomentando os agentes culturais e trabalhadores da cultura inseridos em cada projeto selecionado.

Os recursos da lei foram repassados aos estados e municípios para o encaminhamento dos editais. No total, foram destinados ao Estado, R$ 18,6 milhões, sendo que R$ 1,1 milhões para o auxílio emergencial e R$ 17,3 milhões para os 13 Editais.
Até o momento, foram executados R$ 17,3 milhões em editais e disponibilizados R$ 39 mil como auxílio emergencial, o que corresponde a 94% desses recursos.

Como boa parte dos artistas já havia sido beneficiados no Auxílio Emergencial Geral ou não se enquadrava nas exigências do Governo Federal para recebimento da parcela única de R$ 3 mil, o restante foi remanejado para os projetos suplentes, criado para eventual substituição de projetos aprovados.

Em Palmas, um dos artistas contemplados com auxílio federal, foi o Cenógrafo Renato Moura, que teve seu projeto selecionado para receber recursos e pretende levar apresentações culturais para jovens de escola públicas. Renato conta que a ideia surgiu a partir do conhecimento adquirido com o tempo: “Eu já tinha um conhecimento trilhado e já passei isso para muita gente, aí minha ideia foi inserir um curso de cenografia semi-profissionalizante,  para escola pública, voltados aos adolescente e crianças. O processo foi longo, devia apresentar pelo menos duas programações e com o financiamento da lei, pensei em entregar Oficinas e Palestras sobre Cenografia, além de estar preparando uma peça teatral de bonecos para serem apresentadas nas escolas públicas”.

O cenógrafo explica que no início teve dificuldade em colocar o projeto em prática, pois duas das suas propostas, como a peça teatral de bonecos e o curso semi-profissionalizante, deveriam ser presenciais: “No começo do projeto, a intenção era que fosse presencial, mas neste momento de pandemia, tivemos que adaptar a proposta. Então traçamos outro plano: gravar a peça teatral e quando as escolas retornarem às atividades, entregar a gravação e depois a diretoria repassa aos alunos”, explicou.

O projeto de Renato contará com 20 horas de cursos de cenografia, que não apenas seria para estudantes de escola públicas, mas para qualquer instituição interessada.

De acordo com a assessoria da Adetuc, além dos mais de 1,8 mil beneficiários diretos, a iniciativa envolve uma cadeia de serviços indiretos, podendo potencializar os beneficiários conforme o segmento cultural.

As inscrições foram feitas através da plataforma mapa.cultura.to.gov.br, na aba oportunidades, o proponente preenchia o formulário de inscrição com os dados pessoais e o projeto.

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