As gravações do documentário Viola de Buriti do Jalapão, começam nesta quinta-feira, 20, na comunidade do Mumbuca, no Jalapão com as filmagens de oficinas sobre as técnicas para a produção do instrumento que serão oferecidas à comunidade . A iniciativa contará a história do cancioneiro e tocador do incomum, Maurício Ribeiro, que encanta os turistas e leva os sons da região para o país e o mundo.
Com suas canções, Maurício traduz de uma forma singela os sentimentos e vivências do povo do Jalapão. Ele recebe visitantes em seu Restaurante Viola de Buriti, administrado em parceria com sua esposa, que enquanto se deliciam com a culinária nativa, ficam encantados com as apresentações musicais.
A viola de buriti é um instrumento de cordas, sendo uma das variantes regionais da viola brasileira. Foi criada na década de 1940, na comunidade Mumbuca. A madeira da palmeira de buriti, abundante na região, deu nome ao instrumento.
As canções de Maurício já fizeram parte de cenas na novela O outro lado do Paraíso, da Rede Globo de Televisão, que tinha como cenário a natureza do Jalapão. A atração da emissora, que foi ao ar em 2017 e 2018, trouxe a oportunidade para os espectadores de outras regiões do país de conhecerem a viola de buriti e a cultura do Jalapão.
Para Maurício, o projeto vai colaborar para o regaste da cultura do Jalapão, ajudando a divulgar nossas manifestações artísticas, tradição, artesanato, natureza e o modo ser do povo da região. “ É uma proposta sensacional, que dá visibilidade às pessoas mais humildes, ficamos satisfeitos em participar”, disse.
O Projeto
Segundo Elisnei Gama da Jiquitaia Produções que coordena a realização do documentário, diante do agravamento da pandemia da Covid-19, foi necessário adaptar o projeto para a produção de um material audiovisual, com a finalidade de ser utilizado com material didático em escolas públicas do estado.“O documentário contará a história do artista e canções. Além de oficina virtual em que serão demonstradas técnicas de execução do instrumento e de sua fabricação”, explicou.
O projeto será produzido obedecendo as normas de distanciamento social e todos os protocolos de segurança, estabelecidos pela vigilância sanitária e Organização Mundial de Saúde (OMS), com a obrigatoriedade do uso de máscaras e álcool gel.
Lei Aldir Blanc
O projeto do documentário foi um dos contemplados com recursos da Lei Aldir Blanc, com destinação coordenada no Tocantins pela Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc). Os incentivos foram disponibilizados, por meio de edital, seguindo critérios técnicos, para ações emergenciais voltadas ao setor cultural durante a pandemia da Covid-19. A iniciativa foi voltada para apoiar e fomentar artistas e produtores, para pessoas físicas e jurídicas, de áreas como Cultura Tradicional, Popular e Urbana, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais, Literatura, Audiovisual e Áreas Técnicas.
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