Da Redação e Ascom Naturatins
Em 2020, o Projeto Quelônios da Amazônia no Tocantins somou mais de 120 mil novos filhotes, durante o ciclo produtivo da espécie, na região do Cantão
Neste domingo, 23, Dia Mundial da Tartaruga, o Tocantins sente orgulho de contribuir com a preservação de quelônios-da-amazônia. No Estado, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) é uma das instituições parceiras do Projeto Quelônios da Amazônia (PQA) no Tocantins do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A data também é celebrada anualmente, em um evento promovido pela American Tortoise Rescue.
No período de reprodução das espécies de quelônios de água doce no Rio Araguaia, que ocorre a partir do mês de setembro a janeiro do ano seguinte, a equipe do Naturatins no Parque Estadual do Cantão (PEC) e do Batalhão da Polícia Ambiental do Tocantins (BPMA) atua diariamente em campo, no manejo, monitoramento e proteção dos ninhos.
“A cada ano, a ação integrada dos órgãos no Projeto Quelônios da Amazônia no Tocantins, ganha força e aumenta sua capacidade de contribuição, com a participação de novos componentes, nas equipes de campo. E os resultados se refletem nos registros da produção. Comparando os dados do Projeto, registrados pelo Ibama, nos últimos quatros anos, de 2017 a 2020 é possível verificar o aumento da produção, tendo alcançado, no ano passado, a soma de 120 mil novos filhotes de quelônios”, destaca Oscar Vitorino Júnior, biólogo do Naturatins.
Oscar Vitorino Júnior esclarece que em 2020, devido ao período da pandemia, foi reduzida a participação dos voluntários no trabalho diário em campo. “Sem o reforço dos voluntários, no ano passado, os guardas-parques, fiscais e os profissionais das instituições parceiras, que atuaram em campo, precisaram redobrar esforços, para atender as ações planejadas. E hoje parabenizamos a todos, pois foi um grande desafio, mas a missão foi cumprida com sucesso”, elogia a equipe.
O biólogo conta que, o casco da tartaruga-da-amazônia pode medir até mais de um metro; e que, por ser a maior em tamanho, entre as espécies de quelônios de água doce, é a mais conhecida pelos moradores da região. Para Oscar Vitorino, o Projeto tem importante contribuição na preservação da espécie. Ele lembra que, além dos predadores naturais, registros históricos apontam a espécie, como uma das que já foram as mais visadas entre os caçadores, em razão da carne e da gordura, que em outra época, era utilizada como óleo para a iluminação.
A iniciativa do Projeto Quelônios da Amazônia acontece em diferentes estados e períodos distintos. No Tocantins, durante o segundo semestre inicia um novo ciclo produtivo e a previsão é que, em breve, o planejamento das ações do Projeto, para este ano, seja retomado.
Fotos Créditos Oscar Vitorino Júnior/Naturatins
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