Viveiro da APA de Lajeado estima produzir 16 mil mudas este ano

Da Redação e Ascom Naturatins

 

Além do aumento no número de mudas cultivadas, o viveiro também está mudando o foco de sua produção, investindo em espécies com valor comercial e também de espécies com potencial agrícola

 

O viveiro de mudas de árvores nativas da Área de Proteção Ambiental Serra do Lajeado (APASL) tem previsão de produção de 16 mil mudas para este ano.  Além de ampliar a quantidade de mudas, o viveiro também está redimensionando o foco de sua produção.

Segundo Camilla Muniz, supervisora da APASL, a gestão do viveiro terá algumas mudanças, dentre elas, a limitação de entrega de mudas. No ano passado foram produzidos 10 mil exemplares de várias espécies nativas e a distribuição foi feita em todo o Estado, para todos que solicitaram, inclusive para ajudar no reflorestamento de outras unidades de conservação.

“Neste ano vamos limitar a entrega de mudas para o público abrangido pela APA, ou seja, os municípios e produtores que estão dentro da área de atuação da APA”, anuncia Camilla. Ela explica que o foco do cultivo também passará por mudança, com produção de espécies com potencial econômico.

“Queremos investir em espécies que favorecem a polinização, que têm muitas flores, que favorecem a criação de abelhas na APALS, que estimulem a volta da fauna e a renda das comunidades e produtores locais”, revela a supervisora.

A supervisora anuncia que está prevista também para este ano uma parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), cujo objetivo será a produção de espécie de interesse agrícola, dentro dos parâmetros do plano de manejo da APA. “A ideia é produzirmos mudas de espécies como mandioca e banana, com melhor adaptação às condições gerais da APASL, como forma de apoiar o produtor local”, anuncia Camilla.

Neste primeiro semestre, oito mil mudas já estão sendo cultivadas e, segundo a supervisora, são basicamente espécies para aproveitamento de madeira, frutos e de valor ornamental. Ela cita que as variedades de ipês continuam sendo cultivadas porque são bastante procuradas, uma vez que são consideradas plantas ornamentais e cuja madeira pode ser utilizada comercialmente.

A gestora do viveiro reforça que além de recuperar as áreas degradadas e enriquecer outras áreas, é preciso aliar o interesse ambiental ao interesse do produtor. “Se o produtor estiver infeliz, então não estamos atingindo nosso objetivo, projetos ambientais bem sucedidos têm que deixar as pessoas atingidas por eles felizes”, preconiza Camilla Muniz.

Parceria

O viveiro de mudas nativas da APASL se tornou realidade há dois anos, fruto de várias doações de materiais, como madeira, telas e tubetes, e do trabalho voluntário de brigadistas contratados para atuarem na prevenção e combate dos incêndios. Quando não estão atuando como brigadistas, eles ajudam no viveiro, trabalhando na construção, coleta de sementes e plantio das mudas.

Há seis anos, a sede da APA está localizada no município de Lajeado. Devido a um Termo de Cooperação Técnica, celebrado entre o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e a Prefeitura de Lajeado, o município paga o aluguel da sede da APA, onde também funciona o viveiro, e arca com todo o custeio administrativo. Ao Naturatins cabe a disponibilidade dos profissionais que atuam na APA.

A APA Serra do Lajeado abrange quatro cidades: Aparecida do Rio Negro, Tocantínia, Palmas e Lajeado. “Quem ocupa a maior área da APA é Palmas, mas o município de Lajeado tem 88% do seu território dentro da APA, por isso faz sentido que a sede seja em Lajeado”, diz Camilla. 

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