Recursos do banco brasileiro serão destinados para 400 organizações sociais de base comunitária. A primeira chamada ocorre ainda em 2024.
A CAIXA destinará R$53 milhões de seu Fundo Socioambiental (FSA) para a execução de projetos baseados em negócios da sociobiodiversidade que ofereçam soluções focadas na natureza e/ou na segurança alimentar. Denominada Teia da Sociobiodiversidade, a iniciativa será coordenada pelo Fundo Casa Socioambiental. O programa selecionará 400 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, que serão responsáveis pela execução dos projetos. A assinatura do convênio foi anunciada nesta terça-feira, 27 de agosto. A divulgação dos critérios de seleção está prevista para 25 de outubro.
O orçamento máximo de cada projeto selecionado será de até R$100 mil, com prazo de execução de até 16 meses. Mais de 80 mil pessoas devem ser beneficiadas, segundo a estimativa do Banco. Este é o maior investimento da história do FSA CAIXA e colocará a CAIXA em um novo patamar de apoio às ações para preservação da biodiversidade brasileira, gerando trabalho e renda às comunidades tradicionais e locais.
Para o Fundo Casa, a parceria é também um marco histórico e celebra o reconhecimento de mais de 19 anos de atuação de uma estratégia bem sucedida ao conectar recursos de grandes financiadores às comunidades que desenvolvem soluções locais para os desafios globais da humanidade. Sobre essa iniciativa, Cristina Orpheo, Diretora-Executiva do Fundo Casa, ressalta “É uma honra anunciar essa parceria com a CAIXA, um banco tão importante para o povo brasileiro, com uma quantidade de recursos tão expressiva de nosso próprio país, para apoiar diretamente as comunidades de todo o território nacional, possibilitando que as soluções locais sejam valorizadas e reconhecidas como as soluções que precisamos para um futuro mais justo e sustentável”.
Segundo o vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital (VISUC), Paulo Rodrigo de Lemos Lopes, a Teia da Sociobiodiversidade dará maior capilaridade ao FSA CAIXA. “A experiência do Banco se somará à do Fundo Casa, possibilitando assim que até 400 organizações sociais de base comunitária recebam apoio financeiro e suporte técnico para criarem soluções inovadoras em biodiversidade. Em um segundo momento, muitas dessas ideias poderão ser replicadas e disseminadas por todo o país!”, acredita Paulo Rodrigo.
Por serem projetos associados à sociobioeconomia, a Diretoria de Sustentabilidade e Cidadania Digital (DESUC) construirá um conjunto de soluções demonstrativas para identificar as necessidades de crédito e de apoio. Assim, contribuirá para a Estratégia Nacional de Bioeconomia e para a Transição Justa para uma Economia de Baixo Carbono. Os ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente já demonstraram interesse em acompanhar a condução dos trabalhos.
Uma nova matriz econômica
Segundo o diretor de Sustentabilidade e Cidadania Digital, Jean Benevides, “o objetivo da CAIXA é que os investimentos beneficiem as associações de base comunitária, nos mais diversos rincões, de todos os biomas do Brasil. E que possa mobilizar a rede de organizações que o Fundo Casa já se mostrou capaz de ativar. Sem isso, jamais esses grupos acessariam o FSA”.
Para Claudia Gibeli, Gestora de Programas do Fundo Casa, “O programa Teia da Sociobiodiversidade poderá impulsionar iniciativas lideradas e protagonizadas pelas comunidades que já desenvolvem essas ações em seus territórios, mostrando o potencial da biodiversidade atrelada à cultura do povo brasileiro, projetos que podem virar exemplos de geração de renda com respeito às populações locais e ao meio ambiente. Também serão apoiados projetos que contemplem Soluções Baseadas na Natureza (SBN), incluindo soluções para os desafios das cidades que têm sofrido cada vez mais com as emergências climáticas”.
O Fundo Casa Socioambiental foi selecionado a partir da Carta Convite que a CAIXA publicou para conhecer projetos no setor. Depois de analisar as soluções propostas, a decisão foi tomada, levando em conta as ações sugeridas e a experiência que a instituição possui na promoção, conservação e sustentabilidade ambiental, além do respeito aos direitos socioambientais e à justiça social. Desde 2005, o Fundo Casa cria conexões entre pessoas, comunidades e organizações por meio do apoio financeiro e fortalecimento de iniciativas da sociedade civil para a promoção da justiça socioambiental.
Fonte: Ascom Fundo Casa Socioambiental
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