Um projeto inovador desenvolvido pelo Centro de Ensino Médio Bom Jesus, em Gurupi (TO), tem promovido um valioso intercâmbio entre saberes científicos e ancestrais. Intitulado “Vozes do Passado no Presente: a Diversidade Cultural Indígena no Tocantins”, a iniciativa conecta estudantes à tribo indígena Javaé, na Ilha do Bananal, e foi recentemente reconhecida com o 3º lugar no Prêmio Escola que Transforma, do governo estadual.
Uma Conexão Transformadora
Como parte da disciplina eletiva “Vozes do Passado no Presente”, o projeto leva os alunos a vivenciarem e compartilharem experiências com as comunidades das aldeias Kanuano e Boa Esperança. Essa abordagem busca integrar o rigor da ciência com a riqueza dos saberes tradicionais, promovendo uma formação mais inclusiva e holística. Segundo Valterlan Teixeira Araújo, professor de História e Sociologia e coordenador do projeto, “a escola pode se tornar um espaço de conexão entre diferentes formas de aprendizado, mostrando que ciência e cultura se complementam na busca por um futuro mais sustentável”.
Protagonismo Juvenil em Ação
Os estudantes são os protagonistas do projeto, participando ativamente desde o planejamento até a execução das atividades. A parceria com a Universidade de Gurupi (UnirG) e o Grupo de Pesquisa Observatório de Povos Tradicionais do Tocantins (OPTTINS) permite explorar temas diversos e desenvolver habilidades importantes para o futuro.
Karla Pereira, aluna da 1ª série do Ensino Médio, destaca a importância dessa experiência: “Aprender na prática tem sido transformador. Essa oportunidade desconstrói preconceitos e promove a interculturalidade. Apresentamos os resultados na 10ª Sicteg e conquistamos prêmios, o que reforça a relevância do projeto”.
Impacto Científico e Social
Além das trocas culturais, o projeto estimula o interesse pela pesquisa científica, com destaque em feiras e premiações como a Sicteg. Sergio Afonso Lima, ex-aluno do CEM Bom Jesus e atual estudante de Agronomia na Universidade Federal do Tocantins, reflete: “Essa experiência mudou minha visão de mundo. As vivências práticas e as oficinas aproximam os jovens das sabedorias indígenas de forma profunda”.
Ensino Médio Integral: Um Diferencial
O modelo de Ensino Médio Integral, adotado pelo CEM Bom Jesus, é essencial para viabilizar projetos como esse. Ele proporciona um ambiente propício ao desenvolvimento integral dos jovens, conectando teoria à prática e preparando-os para desafios reais.
De acordo com o coordenador do projeto, “essa abordagem permite que os alunos liderem seus projetos de vida e reflitam sobre o papel que desempenham na sociedade”.
Perspectivas e Continuidade
Com cerca de 30 estudantes envolvidos, o “Vozes do Passado no Presente” continua em pleno desenvolvimento e deve ser ofertado nos próximos semestres. Para acompanhar mais sobre a iniciativa, siga o OPTTINS (@opttins) e o CEM Bom Jesus (@cem.bom.jesus) no Instagram.
Sobre o Ensino Médio Integral
Presente em cerca de 6 mil escolas no Brasil, o Ensino Médio Integral é uma proposta que alia desenvolvimento cognitivo e socioemocional, preparando mais de 1 milhão de jovens para um futuro promissor. Com pilares como protagonismo juvenil, eletivas e aprendizado na prática, oferece uma formação que vai além do conteúdo tradicional, promovendo transformações sociais e educacionais significativas.
Fonte: Ascom Instituto Sonho Grande
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