Segundo estudo realizado por pesquisadores da Southern Methodist University, nos Estados Unidos, pessoas com um quadro clínico de ansiedade podem ter os sintomas amenizados com atividade física de intensidade moderada (150 minutos por semana). A prática de exercício físico é considerada a forma mais comum de tratar a ansiedade, já que traz benefícios para o sistema circulatório, contribui para uma maior produção de endorfina e melhora os níveis de serotonina e noradrenalina, substâncias envolvidas na ansiedade.Ao longo do exercício físico, o corpo é submetido ao estresse que faz bem, aquele que desencadeia a produção de alguns hormônios.
Academias e outros centros esportivos integram a lista de estabelecimentos que foram fechados no Brasil, por determinação ou recomendação do poder público. A medida, parte da resposta para conter a disseminação do novo coronavírus.
Além de ajudar a manter a forma e o condicionamento físico em um momento em que a recomendação é passar mais tempo em casa, manter-se ativo é uma ferramenta importante para minimizar o estresse e a ansiedade gerados no contexto de uma pandemia.
As recomendações básicas, enquanto for permitido se exercitar em espaços abertos, incluem manter pelo menos dois metros de distância em relação aos demais, para não se expor (e expor outras pessoas) a gotículas contaminadas pelo vírus.
Deve-se levar sempre uma garrafa de água e álcool gel. Não usar bebedouros e evitar tocar superfícies e objetos compartilhados. O uso de aparelhos de ginástica compartilhados, como barras e halteres em parques, é desaconselhado por especialistas.
Cientistas ainda não têm certeza sobre quanto tempo o vírus sobrevive no ar, mas, ao caminhar ou correr atrás de alguém que esteja tossindo ou eventualmente cuspa no chão (mesmo respeitando a distância), pode ser recomendável fazer um desvio para garantir não ter contato com agentes patogênicos. Após o exercício, tirar os tênis antes de entrar em casa também funciona como precaução extra.
Para aqueles que apresentarem sintomas como febre, dor de garganta, tosse ou espirros, e para o grupo de risco, que inclui idosos, se exercitar fora de casa deve ser descartado.
Exercitar-se em casa
Na falta de equipamentos como pesos e colchonetes, objetos domésticos podem ser usados em um treino caseiro adaptado, sugere uma reportagem publicada pela revista americana The Atlantic.
Ter motivação para se exercitar em casa pode ser ainda mais difícil do que para fazê-lo ao ar livre ou em uma academia. A dica é não esperar por uma vontade repentina para começar, mas definir um horário do dia para se exercitar e considerar a atividade como parte da rotina, o que ajuda a criar um hábito consistente. Fazer o exercício em um cômodo diferente daquele no qual você dorme ou trabalha, se for possível, também pode contribuir.
Muitas empresas, aplicativos e profissionais da área estão oferecendo treinos online para que as pessoas possam continuar fazendo atividades físicas mesmo dentro das suas casas.
Tocantins em Foco lista abaixo algumas plataformas gratuitas com exercícios de diferentes modalidades:
– os aplicativos Seven e Nike Training Club, disponíveis para iOS e Android, propõem séries diárias de exercícios, executáveis em intervalos curtos de tempo
– em inglês, o site Ekhart Yoga oferece um pacote com 12 aulas de yoga e meditação para aliviar o estresse e a ansiedade durante a pandemia do novo coronavírus. Há outros exercícios disponíveis em seu canal no YouTube
– criado em 2013 pelo bailarino baiano Fábio Duarte, o canal FitDance publica vídeos com coreografias de músicas populares de artistas como Ludmilla e Pabllo Vittar.
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