Em formato gamificado, a mostra é uma imersão na cultura de oito etnias presentes na África.
A exposição virtual “Negras Cabeças” apresenta oito pinturas da artista visual illi (Íldima Lima), em formato de game interativo. A mostra nasce com o propósito de estabelecer uma conexão visual-ancestral entre as mulheres negras e fica disponível para acesso até 30 de dezembro.
A artista explora referências e registros históricos de mulheres das etnias Betsimisaraka, Mangbetu, Suri, Mursi, Mwila, Mbalantu, Fulani e Himba, que utilizavam penteados e adornos de cabeça como artifícios de linguagem para expressar aspectos pertinentes à sua cultura.
“Negras Cabeças” se utiliza da mecânica de jogos digitais para criar um elo entre o contemporâneo e o ancestral. Desta forma, o visitante tem autonomia para explorar cada um dos três mundos criados por illi.
Assim, é possível entrar em um ambiente imersivo, já que cada obra apresentada está contida em um cenário que reproduz o bioma onde aquela etnia vive ou viveu. A ideia é que o público crie uma conexão com a realidade espacial de cada grupo étnico.
No site estão informações sobre as tradições dos grupos étnicos africanos selecionados pela artista – incluindo curiosidades a respeito dos padrões de beleza de cada sociedade. Além de um breve resumo sobre cada etnia, há fotografias de mulheres dos oito grupos apresentados.
A artista illi desenvolve um projeto de pesquisa plástica voltado à representação de mulheres negras nas artes, com ênfase na apropriação, deslocamento e ressignificação de seus corpos.
Enquanto muitas sociedades ficam presas aos padrões de beleza europeus, é importante conhecer, respeitar e preservar os costumes milenares de povos africanos, indígenas e asiáticos, já que o mundo é plural e diverso. Não deixe de acessar a mostra “Negras Cabeças” para expandir seus horizontes.
Fonte: Catraca Livre
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